terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Silent Hill - Shattered Memories Review

por Leonardo Lima

Você é Harry Mason, um cara que bateu o carro, no meio de uma nevasca, em um dos bairros de uma pequena cidade chamada Silent Hill. Ele está confuso, não consegue se lembrar de muita coisa, mas está em sã consciência de que sua filha não está mais no carro. Com sua lanterna na mão, ele desbrava o frio, a neve e inevitavelmente o terror enquanto procura cegamente por ela. Esta é a premissa por detrás de Silent Hill Shattered Memories, cujo não é um remake, mas sim uma versão re-imaginada do clássico de terror-aventura da Konami. Enquanto uns fãs devotos da série encontrarão jogabilidade e história familiares, é inegável que o jogo dá uma lufada de novidades, e o mais legal é que essas novidades são muito bem sucedidas.

O título Silent Hill sempre foi famoso como um jogo de horror, pois sempre traz elementos frustrantes e distúrbios abordando temas psicológicos, psicóticos e até mesmo sexuais, e outros. E este não é diferente. Harry se encontra numa cidade isolada pela tempestade, onde raramente faz contato com alguém. Está em busca de sua filha, e acaba descobrindo fatos da sua vida que ele já não lembra mais. Um verdadeiro pesadelo que de vez em quando, quando os monstros aparecem sobre as construções colossais de gelo, pode ser confundido até com o verdadeiro inferno. Com um enredo confuso, mas muito intrigante, e uma trilha sonora de arrepiar, essa é uma experiência única no Wii.



Pra controlar Harry usa-se o analógico do Nunchuk e movimentação para os lados aplica-se ao ponteiro na tela, que também tem funciona como lanterna. Apontando pra qualquer lugar, Harry também aponta o foco de luz de sua lanterna para que possamos ver o caminho a seguir. Acreditem, há momento no jogo em que Harry fica no mais profundo breu, e sua única ferramenta mostra-se mais útil que nunca.

Os gráficos estão muito bons. Ao utilizar a lanterna é impossível não reparar nos efeitos de iluminação que fazem sombras perfeitas nas paredes, sem contar a iluminação individual nos flocos de neve intermináveis. Tudo foi muito bem trabalhado, como as feições dos personagens e seus movimentos, e todos os ambientes que Harry visita tem detalhes impressionantes e com muitas características únicas. Até os cartazes nas paredes são totalmente legíveis adicionando uma camada extra a interação.



O jogo oferece dois tipos de jogabilidade. Quando a cidade está normal, não há muito com o que se assustar, literalmente você estará explorando, sabendo mais da história, interagindo com outros personagens, etc. Mas quando tudo começar a congelar, num efeito espetacular em tempo real, é hora de correr! Monstros saem da escuridão, ou melhor, do gelo e correm atrás de você. Rápido, eles correm muito rápido. E para a surpresa dos fãs da série, Harry não empunha uma arma, ou seja, não há nenhum combate. Quando os monstros agarram Harry, você pode fazer movimentos de empurrões para que eles desgrudem, mas nem sempre esses movimentos são precisos, e você precisará se matar de fazer movimentos pra sair alguma coisa. Sem combate, sua única opção é correr, e correr muito, e estrategicamente até um certo ponto do mapa, mas para encontrar esse lugar você precisará de um belo senso de direção e talvez um pouquinho de sorte pra não acabar dando de cara com uma horda de monstros. Outro probleminha é que ao entrar em portas, o jogo sofre lags, pois demora cerca de um segundo para processar todo o mundo e seus efeitos. Mas tirando esses aspectos ruins, as partes de perseguição são de tirar o fôlego. O grunhido dos monstros e a velocidade com que eles correm deixam qualquer um desesperado pra fugir, o que me traz de novo a falar desse aspecto novo e que apesar de não ter o combate, tem seu ponto forte, e depois mais forte ainda quando você juntar o quebra-cabeças no final jogo, que pode variar devido a suas respostas durante o jogo.

Assim que você liga o Wii com o jogo, ele te dá uma mensagem que o jogo te joga assim como você joga ele, ou seja, o jogo faz um perfil de cada jogador. Assim que começa o jogo, você é obrigado a responder diversas perguntas a um psiquiatra que te avalia. E a partir dessa avaliação, o jogo varia pra cada jogador, trazendo à tona os medos e tabus que a pessoa tem. Incrível.



Fãs devotos podem achar esse Silent Hill diferente e talvez, estranho. Mas não podem negar que é uma idéia nova, muito bem executada, com toneladas de voice-acting, músicas tensas e momentos marcantes, além de um ótimo final (bom, depende né? rs). Recomendadíssimo.

Gráficos: 9

Som: 9,5

Jogabilidade: 8,5

Diversão: 9

Replay: 8

Nota Final: 8,8




2 comentários:

Thai disse...

silent hill sempre me deu medo, comprei pra ps2 n cheguei nem a jogar ;x haha dinheiro jogado fora sim, mais o medo é maior :D ótimo review

Unknown disse...

excelente game ,graficos maravilhosos silent hill
muito bom !!!